Umas das
coisas que percebi é que com a “quase extinção” de se amar hoje em dia, está
indo embora também a credibilidade em amar as pessoas. Aquele que nunca sofreu
uma desilusão amorosa – ou várias – que atire a primeira pedra. Quando nos apaixonamos pela primeira vez, a
pessoa amada representa tudo no mundo para nós, é quem faz o sol brilhar, quem
faz nossos dias serem mais felizes e essas coisas que só um coração apaixonado
é capaz de ver mesmo num dia frio e chuvoso. Daí essa pessoa que você depositou
todas as suas fichas assim como o tio patinhas deposita suas moedas em seu
amado cofre, lhe decepciona. Tudo o que você sonhava ou acreditava cai por
terra. E essa credibilidade em amar vai sendo destroçada, despedaçada aos
poucos como uma parede perdendo seu reboco a cada relação frustrada e
decepcionante que passa pela sua vida.
Posso dizer
tranquilo e calmamente que é mais sofrível para aquelas pessoas cujo é intrínseco
ao seu caráter se doar, ser sincera e ser fiel a esse amor, quando essas coisas
acontecem conosco, dependendo de quantas vezes ou da proporção das decepções o
sentimento de amar fica falido em nosso coração. Ficamos incapazes – por medo –
de demonstrar totalmente o nosso amor para outra pessoa, e até mesmo
completamente desacreditado de que realmente isso exista. O medo de se
declarar, o medo de dizer que ama, o medo de se apaixonar e automaticamente
achar que vai sofrer, que vai se decepcionar mais uma vez.
Pois bem, o
conselho que posso oferecer é que: Não deixem de amar, não deixem de acreditar
que o Amar não existe, você não faz ideia de
quantas vezes uma Katana (espada) vai ao fogo e nem quantas
marteladas ela leva, para só então ser considerada perfeita. Sei que não somos
e nunca seremos perfeitos, uma fração da fórmula do amor é saber exatamente
isso: que não somos perfeitos, mas saber buscar a perfeição continuamente é
dizer para você mesmo que não quer se auto condenar a viver no mesmo mundo
daquelas pessoas que um dia fizeram você desacreditar.
Não quero ser
portador da tristeza e decepção que um dia alguém trouxe a mim.
Acredito no
amor e não vou abandonar a minha filosofia de que vale a pena amar.
Flávio
Cavalcanti
Your post is very thoughtful, Andre. I can understand how you feel and the things you talk about. You're right - there is something special about your first, great love. If it ends badly, you are very reluctant to give all of your heart to another love. No one wants to go through that kind of pain more than once. So you may withhold some part of yourself, not trusting 100% that your new love won't hurt you, too. But feeling this way isn't right. It cheats both your new love and yourself if you do not love with all your heart. Are they not deserving of the same kind of commitment you brought to the first time? Yes, you may be hurt. It may end badly, too. But if you don't take the risk, you will never find the one love that you are meant to know. So let us pour ourselves into our relationships. Cover our loved ones with devotion and admiration. Give them the best we have to offer. And trust our love to be returned. With great love comes great risk. But I believe it is worth the risk.
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