Umas das
coisas que percebi é que com a “quase extinção” de se amar hoje em dia, está
indo embora também a credibilidade em amar as pessoas. Aquele que nunca sofreu
uma desilusão amorosa – ou várias – que atire a primeira pedra. Quando nos apaixonamos pela primeira vez, a
pessoa amada representa tudo no mundo para nós, é quem faz o sol brilhar, quem
faz nossos dias serem mais felizes e essas coisas que só um coração apaixonado
é capaz de ver mesmo num dia frio e chuvoso. Daí essa pessoa que você depositou
todas as suas fichas assim como o tio patinhas deposita suas moedas em seu
amado cofre, lhe decepciona. Tudo o que você sonhava ou acreditava cai por
terra. E essa credibilidade em amar vai sendo destroçada, despedaçada aos
poucos como uma parede perdendo seu reboco a cada relação frustrada e
decepcionante que passa pela sua vida.
Posso dizer
tranquilo e calmamente que é mais sofrível para aquelas pessoas cujo é intrínseco
ao seu caráter se doar, ser sincera e ser fiel a esse amor, quando essas coisas
acontecem conosco, dependendo de quantas vezes ou da proporção das decepções o
sentimento de amar fica falido em nosso coração. Ficamos incapazes – por medo –
de demonstrar totalmente o nosso amor para outra pessoa, e até mesmo
completamente desacreditado de que realmente isso exista. O medo de se
declarar, o medo de dizer que ama, o medo de se apaixonar e automaticamente
achar que vai sofrer, que vai se decepcionar mais uma vez.
Pois bem, o
conselho que posso oferecer é que: Não deixem de amar, não deixem de acreditar
que o Amar não existe, você não faz ideia de
quantas vezes uma Katana (espada) vai ao fogo e nem quantas
marteladas ela leva, para só então ser considerada perfeita. Sei que não somos
e nunca seremos perfeitos, uma fração da fórmula do amor é saber exatamente
isso: que não somos perfeitos, mas saber buscar a perfeição continuamente é
dizer para você mesmo que não quer se auto condenar a viver no mesmo mundo
daquelas pessoas que um dia fizeram você desacreditar.
Não quero ser
portador da tristeza e decepção que um dia alguém trouxe a mim.
Acredito no
amor e não vou abandonar a minha filosofia de que vale a pena amar.
Flávio
Cavalcanti