domingo, 29 de janeiro de 2012

Quem ama, magoa.



É isso mesmo meus amigos, quem ama magoa. O que mais ouvimos falar e o que mais vimos principalmente na internet são imagens que circulam repletas de frases do tipo: "Quem te ama, não te faz sofrer", "Quem te ama não te faz chorar" "Quem ama não magoa". O que acontece é que costumamos confundir o Amor de Deus com o amor afetivo que sentimos uns pelos outros. Quem te ama vai um dia te fazer chorar, te fazer sofrer, vai te magoar sim, por que somos seres humanos com virtudes, mas também com defeitos somos imperfeitos com opiniões, temperamento, atitudes diante de certos fatos divergentes, pois ninguém no mundo é igual. 
É uma completa ilusão acharmos alguém que um dia irá nos fazer completamente felizes, e quando digo isto, estou me referindo a um relacionamento isento de qualquer acontecimento em que no mínimo haverá divergências de opiniões acarretando em uma discussão. Esse amor que tanto falamos trata-se do amor de Deus para conosco, um amor puro e incondicional, e que nem mesmo o nosso amor por Ele é o mesmo amor Dele para nós.
O amor verdadeiro entre nós, entre duas pessoas que se amam como assim dizemos, é um amor que apesar dos defeitos, das incompatibilidades e mesmo passando por momentos difíceis, nos fazem bem de maneira geral e colaboram para sermos pessoas mais felizes e nos ajudam no nosso processo evolutivo de se melhorar como pessoa. Prestem atenção: COLABORAM. Pois ninguém pode ser responsável por nossa felicidade além de nós mesmos, quem surge em nossa vida deve somente colaborar com esta felicidade e não ser a responsável por ela. 

Amar é uma dos sentimentos mais preciosos e indescritíveis que pode existir, porém temos que ter em mente que ninguém é perfeito, mas que busquemos alguém que queira junto conosco lutar para chegar ao menos próximo da perfeição, e a receita para isso não é um segredo para ninguém.



terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Canadá e o pintinho piu.




O que mais vejo hoje em dia nas redes sociais – particularmente o Facebook – é a quantidade de pessoas expondo suas opiniões a respeito de vários assuntos. Um dos assuntos que me chamou bastante atenção esta semana foi a “Luiza que está no Canadá.” Realmente foi um sucesso cômico para muitos, mas nem tanto para outros. Estou tomando este fato como exemplo de muitos, que acontecem freqüentemente muitas vezes causados por uma gafe, uma fala mal interpretada, uma foto mal tirada e por aí vai.
O repórter Carlos Nascimento fez uma crítica bastante direta em relação ao assunto na abertura do telejornal que ele apresenta (clique aqui para ver o vídeo) que concordo e muito com o que ele disse, mas com um pequeno detalhe a ser acrescentado. Não vejo mal algum em toda essa resenha criada em torno de “tanta besteira” é fato que a sociedade faz a maior manifestação com essas “besteiras” transformando em verdadeiros virais da internet, milhões de acessos em vídeos e centenas de montagem abordando o tema e sendo compartilhado na rede. Mas é verdade também, que a mesma sociedade tem que se manifestar com a mesma magnitude e proporção que essas “besteiras” alcançam, também com os nossos problemas sociais, corrupção, saúde, educação, segurança pública e etc. Não é errado assistir ao BBB, reclamar  por que todo mundo está falando que a Luiza está no Canadá (a propósito ela já voltou), Uma música que o pintinho pia e outras “resenhas” mais, isso demonstra que de certa forma somos um povo feliz apesar de tudo, um povo que se diverte e gosta de compartilhar alegria, mas logicamente não podemos esquecer-nos de cobrar, enfatizar e se manifestar também para exigir o que é no mínimo um direito nosso.
Acima de qualquer coisa temos que ter respeito e educação quando se trata das opiniões dos outros por mais absurdas que pareçam ser, não temos a obrigação de concordar podemos também ignorar, quem não gosta de BBB faça como muitos, (inclusive eu) mude de canal, a globo não é o único.

Como diria Voltaire, grande escritor francês, conhecido pela defesa das liberdades civis, inclusive liberdade religiosa: “Não concordo com uma palavra do que dizes, mas defenderei até o ultimo instante seu direito de dizê-la.”

sábado, 21 de janeiro de 2012

ENEM - Por Eli Carlos





Aos formadores de opinião deixo aqui a minha análise a respeito deste suposto resultado do exame ENEM para o ingresso nas vagas do curso de Medicina da UFAL.

Inicialmente, concordo plenamente com a metodologia unificada para ingresso nas Universidades Federais, porém defendo que o momento atual da nossa educação pública brasileira não condiz com o nível de seleção perquirido pelo ENEM, pelos seguintes argumentos:
Primeiro, nossa educação pública, em especial a do Estado de Alagoas, ainda apresenta problemas básicos a serem sanados para que os alunos possam atingir o nível daqueles que têm condições de freqüentar o ensino privado. Problemas estes, como a falta de estrutura física mínima das unidades de ensino, ausência de laboratórios, ausência dos recursos áudio visuais, falta de segurança, professores mal remunerados e conseqüentemente desmotivados, enfim, tudo isso se somando às questões referentes aos problemas sociais dos tempos modernos, como a qualidade mínima de vida de seus alunos (alimentação precária, não acesso aos cursos de idiomas, moradias sem as mínimas condições de dignidade, violência, tráfico de drogas) conclui-se que a grande massa não tem como competir em condições de igualdade com aqueles que provêm da classe média ou classe média alta.

O segundo ponto que questiono é o fato de que a implantação deste sistema, para atender ao Principio da Isonomia, expressamente positivado em nosso Carta Magna, deveríamos ter tido antecipadamente toda uma reforma pedagógica, acesso às condições mínimas para atingir a Dignidade da Pessoa Humana em sua plenitude, com o fito de corrigir parte daquelas distorções citadas anteriormente, principalmente quanto ao ponto de o Estado fazer cumprir o seu papel em oferecer educação de qualidade , seguindo um padrão nacional, em todo o nosso Território e com alunos capazes de dedicar exclusivamente às atividades educacionais focadas na formação do seu futuro como pessoa.Feito isso, teríamos assim condições de aos poucos introduzir este sistema de ingresso nas universidades públicas do nosso país, pois a competição seria equilibrada , uniforme, respeitando a isonomia.
Quanto ao ponto central do curso de medicina, um ponto há de ser tomado como relevante: Alagoas vive uma carência de profissionais médicos em diversas áreas, em especial neurologia, pediatria, e, a diminuição do número de alagoanos na Universidade Federal deste agravará este quadro, pois é sabido que estes alunos que insurgem de outros estados certamente voltarão a o seu local de origem para o exercício de sua profissão. Neste caso, uma perda para o Estado, e conseqüência direta para a 80% da população que depende exclusivamente do SUS/AL. Por outro lado, questiono mais uma vez a violação ao Principio da Igualdade, quanto aos que têm condições de competir por uma vaga neste curso, uma vez que aqui se mostra de forma visível o velho brocado : só entra em medicina que teve acesso a um bom ensino desde os primeiros momentos na escola – ou seja, aqueles que diante da inércia do Poder público, e tinham condições financeiras , investiram em ensino privado , em cursos de idiomas em aulas particulares.Ou seja, uma realidade distante dos atuais indicadores socioeconômicos de Alagoas.

Diante desta perspectiva, há de concluir que o ENEM é sim uma solução para ingresso democrático nas diversas Universidades Federais existentes em nosso País, uma vez que aplica-se uma mesma prova para todos, reduz distâncias para realização dos exames, oferece uma maior possibilidade de escolha de curso em todo território, porém este exame para cumprir o seu propósito clama pelas correção das distorções regionais vividas pelos nossos estudantes. A educação pública prestada no sul do Brasil, não é a mesma prestada em Alagoas, os problemas estruturais vividos em um estado onde tem os piores indicadores ( o 3º no ranking mundial em violência, monocultura , economia pouco diversificada ) não são os mesmo enfrentados pelas regiões que vivem de fato o desenvolvimento em todos as esferas , enfim, não se pode aceitar que a desculpa de que todos temos que ser avaliados de forma igual , simplesmente porque vivemos em um Pais democrático, deve prevalecer .Exatamente por isso a grande doutrina defende que a igualdade plena consiste em “tratar aos iguais de forma igual e ao diferentes de forma diferente, respeitando as diferenças”, assim de fato opera a igualdade perseguida pela nossa Lei Maior.
Com isso, minha sugestão é que este resultado faça brotar um sentimento em nosso povo de que já não podemos aceitar a realidade de que o estudante que não tem condições financeiras de ter uma boa base educacional, motivada por fatores financeiros, tenha como única saída ingressar em faculdades particulares, onde conforme relatos da OAB, por exemplo, oferecem um péssimo ensino, aumentando ainda mais a decadência da formação profissional e intelectual desta grande maioria que estão à margem da sociedade. Que este sentimento de “diferença” se transforme na força motriz no intuito de cobrar do Estado que este faça às vezes em ofertar a qualidade universal no ensino público, para que assim possa atender aos critério de exigência que o MEC apontou como a ferramenta ideal para promoção de uma seleção democrática.
Finalizo dizendo que, caso estas providências aqui exaradas não sejam tomadas, teremos a mais antidemocrática das soluções encontradas para se avaliar a educação em nosso País, pois estamos selecionando cada vez mais por critério de classe social do que por condições de competição de igualdade, pelo simples fato de que a educação de qualidade para todos ainda não saiu da letra da CF para a realidade material do nosso povo. Estamos aumentando a desigualdade ao invés de investir em medidas corretivas urgentes naquilo que indica o mais alto grau de evolução de uma nação- a EDUCAÇÃO.


Eli Carlos Nunes Machado

domingo, 8 de janeiro de 2012

ALAGOAS - O silêncio da miséria



Você já viajou pelo interior de Alagoas? Há alguns meses eu fui de carro para uma cidade que fica a apenas uma hora de Maceió, parecia um deserto vermelho de barro pontilhado de miseráveis vilarejos de uma só rua. O motorista dizia: “isso aqui é tudo de Renan, isso tudo aqui é de Lyra, isso é de cicrano, isso é de fulano”. Eu olhava e só via vazios com algumas almas penadas nas estradas; “isso aqui é do MST”.
Andamos meia hora sem ver casas ou plantações, além de algumas usinas desativadas, era o silêncio da miséria, a paz do NADA onde vagam os vassalos do feudalismo nordestino. Aqueles municípios paralíticos, já são catástrofes, secas, só que silenciosas, parada no tempo, e de repente essa tragédia fixa, quase invisível, se transformou numa tragédia bruta e retumbante, e aí o verdadeiro Brasil apareceu diante de nós, abandonado, sem verbas, só usadas por interesses políticos do governo.
Só nos restou a solidariedade, mas como sentir a dor de um pobre homem catando comida na lama, para dar ao filho chorando no colo, dizendo o que? “ai que horror!”. A solidariedade tinha que vir antes, para proteger aqueles brasileiros raquíticos, famintos, analfabetos que só são procurados pelos donos do Nordeste para votos ou para serem laranjas em roubalheiras das oligarquias.

Arnaldo Jabor

sábado, 7 de janeiro de 2012

Caminhos



Qual o manual que podemos consultar para sabermos o caminho que devemos seguir diante de determinadas situações? Como ter o discernimento do que me prejudicará não agora, mas no futuro? A resposta é: não existe manual, mas existe o discernimento. É possível sim transpormos obstáculos e situações em nossas vidas sem precisarmos passar por elas, não é preciso pagar para ver, e nem “quebrar a cara” para aprender. Logicamente que na vida muitas vezes precisamos passar por situações e com elas adquirirmos experiência de vida, por que afinal de contas ninguém nasce sabendo. Mas como meu pai sempre me diz: “O homem que aprende com os seus erros, é um homem inteligente, mas aquele que aprende com os erros alheios é um sábio.”
Não é fácil tomarmos atitudes contrárias aquelas que parecem ser – aos olhos dos outros – a mais sensata, existem situações as quais somos tomados por uma “neblina” onde só enxergamos cinco passos a nossa frente, perdemos a visão macro da situação e focamos somente naquilo que o nosso subconsciente –ou nosso consciente- acha o que é certo. Encarar nossas derrotas que aparecem no percurso de nossas vidas com sabedoria, pode fazer uma grande diferença no próximo passo que iremos ter que dar em nossa caminhada, absorver nossos problemas e transformá-los em aprendizado muitas vezes não é fácil, e muitas vezes só o tempo ajuda. “Há sempre duas escolhas. Dois caminhos a tomar. É fácil. E sua ÚNICA recompensa é que é fácil.” Eu não sei o autor desta citação, mas ele/ela expressa habilmente a idéia de que, por vezes, chegamos a uma encruzilhada na vida e nós simplesmente escolhemos um caminho em detrimento de outro, porque vai nos trazer menos desconforto, é o caminho mais fácil. Henry Ford disse uma vez: "Se você acha que pode ou se você acha que não pode, você está certo." Escolhas estão disponíveis para nós. Nós somos responsáveis ​​por nosso próprio sucesso ou fracasso, porque somos livres para fazer uma escolha. Nós também muitas vezes escolhemos o caminho mais fácil, o caminho de menor resistência, o caminho que a maioria todo mundo está tomando. Infelizmente, o caminho mais fácil geralmente leva ao fracasso.
De uma coisa temos que ter certeza: Que Deus nunca nos abandonará, não importa o caminho que decidirmos seguir.